quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Não se deixe soterrar

Conta-se que um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar no trabalho de sua pequena fazenda. Um dia, o capataz lhe trouxe a notícia que um de seus cavalos havia caído num velho poço abandonado. O buraco era muito fundo e seria difícil tirar o animal de lá.

O fazendeiro avaliou a situação e certificou-se de que o cavalo estava vivo. Mas pela dificuldade e o alto custo para retirá-lo do fundo poço, decidiu que não valia a pena investir no resgate.

Chamou o capataz e ordenou que sacrificasse o animal soterrando-o ali mesmo.

O capataz chamou alguns empregados e orientou-os para que jogassem terra sobre o cavalo até que o encobrissem totalmente e o poço não oferecesse mais perigo aos outros animais.

No entanto, na medida em que a terra caía sobre seu dorso, o cavalo se sacudia e a derrubava no chão e ia pisando sobre ela.

Logo os homens perceberam que o animal não se deixava soterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra caía, até que, finalmente, conseguiu sair.


Algumas vezes nós nos sentimos como se estivéssemos no fundo do poço e, de quebra, ainda temos a impressão de que estão tentando nos soterrar para sempre.

É como se o mundo jogasse sobre nós a terra da incompreensão, da falta de oportunidade, da desvalorização, do desprezo e da indiferença.

Nesses momentos difíceis, é importante que lembremos da lição profunda da história do cavalo e façamos a nossa parte para sair da dificuldade.

Afinal, se nos permitimos chegar ao fundo do poço, só nos restam duas opções:

Ou nos servimos dele como ponto de apoio para o impulso que nos levará ao topo, ou nos deixamos ficar ali até que a morte nos encontre.

É importante que, se estamos nos sentindo soterrar, sacudamos a terra e a aproveitemos para subir.

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